sábado, 13 de março de 2010

obesidade infantil nas escolas

A obesidade é caracterizada pelo excesso de gordura corporal, atribuídas a um desequilíbrio energético de origem multifuncional. A prevalência desse distúrbio na criança está aumentando gradativamente em todo o mundo.

O Incentivo dos Professores

O estímulo para que a alimentação saudável seja introduzida no cardápio de uma criança que se alimenta de maneira incorreta deverá partir do meio social em que a mesma convive, incluindo a sala de aula. Os professores deverão incentivar suas crianças a ingerir alimentos nutritivos e que fazem bem à saúde. Implantar uma campanha ou um projeto valorizando a importância das frutas e verduras no cardápio da alimentação para o organismo humano é um bom começo.

Uma boa escola não ensina a criança a se alimentar apenas na teoria. A alimentação saudável é um hábito que pode ser ensinado na prática. São iniciativas como estas que mostram que é possível aplicar conceitos ensinados em sala de aula. Afinal, de que adianta um professor falar durante cinqüenta minutos que uma fruta ou verdura é mais saudável do que um sanduíche, se logo após a aula o cheiro da fritura de um hambúrguer foi bem mais convidativo e acessível na hora do recreio do que uma fruta saudável?

O professor como orientador no processo de formação de seus alunos, deve além de tudo, estimular desde cedo aos pequenos a cuidar dos seus hábitos alimentares, orientando-os sobre os males que o excesso de peso pode causar na vida do ser humano ingerindo alimentos com alto teor de gordura.
Para os professores que possuem crianças com excesso de peso dentro da sala de aula, o ideal que tem a fazer é primeiramente trabalhar a auto – estima dos "gordinhos" principalmente porque em alguns casos geralmente eles são alvos de críticas e motivo de gozações que na maioria das vezes machuca e incomoda, fazendo com que exista um distanciamento dele com os demais colegas de classe, prejudicando assim, desde cedo o convívio social, o qual futuramente pode provocar transtornos devido a esses fatores.

Cabe aos professores, trabalhar a obesidade infantil na sala de aula primeiramente orientando os demais coleguinhas a não zombar, não tornar motivo de piadas o colega obeso e que certas ofensas machucam. Os pais também devem adentra-se no problema juntamente com os professores para que juntos possam reorganizar de maneira que a criança não seja muito atingida quanto à mudança repentina dos seus hábitos alimentares convencionais.

O Lanche Oferecido nas Cantinas

Há algum tempo, levar lanche para a escola tem sido encarado como uma "caretice'', principalmente, porque a maioria das cantinas oferece opções muito mais interessantes e saborosas. Lá, as crianças encontram alimentos muito calóricos, repletos de gordura saturada, mas muito agradáveis ao paladar. O pior de tudo é que o consumo deste tipo de alimento é diário e a prática vai gerando um hábito quase impossível de ser revertido: o gosto pelo alimento de sabor mais forte, mais salgado ou mais doce, geralmente são os mais ricos em gorduras e o mais saborosos.

O lanche na escola tem sido alvo de grandes preocupações de pais e educadores que, muitas vezes, não sabem o que servir as crianças nesse horário. As ofertas do mercado de alimento são muitas, em se pensando em produtos fáceis de serem transportados e de boa aceitação; porém, nem sempre são os mais adequados para atender às necessidades nutricionais dos pequenos.

Apesar da merenda ou o lanche escolar representar apenas 15% da ingestão diária, muitas controvérsias têm sido observadas em relação à sua composição, qualidade e quantidade. Mais do que representar apenas um dos períodos para alimentação, a escola é responsável por uma parcela importante do conteúdo educativo global, inclusive do ponto de vista nutricional.

As escolas devem oferecer alimentação equilibrada e orientar seus alunos para a prática de bons hábitos de vida, pois a criança bem alimentada apresenta maior aproveitamento escolar, tem o equilíbrio necessário para seu crescimento e desenvolvimento e mantém as defesas imunológicas adequadas. As conseqüências principais da alimentação inadequada no período escolar podem ser caracterizadas como alterações do aprendizado e da atenção e carências nutricionais específicas.

Para crianças pequenas, uma refeição simples, como o lanche da tarde ou da manhã, pode ter uma grande importância nutricional, pois pode coincidir com um horário em que a criança sinta mais fome, além de receber, normalmente, alimentos de fácil aceitação nesse horário (leite, pão, bolo, frutas etc.). Por isso mesmo, é importante que a qualidade dos alimentos oferecidos nesses pequenos lanches, incluindo o lanche da escola (merenda) seja de bom valor nutricional, mas de forma que não comprometa a aceitação das refeições posteriores.

Entre os alimentos que devem ser evitados nas cantinas estão: refrigerantes e sucos artificiais, balas, caramelos, gomas de mascar e similares, doces à base de creme e com recheio e/ou cobertura de "chantilly", salgadinhos fritos (croquetes, coxinhas, pastéis, etc.) com procedência duvidosa e salgadinhos industrializados. Esses produtos podem ser substituídos por sucos naturais, vitaminas de frutas da época, leites e iogurtes, frutas, sanduíches naturais, bolos de cenoura, "cookies" de fibras (aveia ou farelos em geral) e as frituras devem ser trocadas por assados.

Se o lanche oferecido for excessivamente calórico, composto por frituras, alimentos açucarados, refrigerantes e similares, como a quantidade de calorias será elevada, dificilmente a criança aceitará, com facilidade, alimentar-se adequadamente nos horários corretos, negando comer um prato nutritivo composto de arroz e feijão, por exemplo, comprometendo à sua nutrição.

Um erro alimentar é permitir que a criança coma mais na hora dos lanches do que no horário das refeições principais (almoço e jantar). Como o tempo de digestão e a capacidade gástrica (volume alimentar que o estômago suporta) na criança não são iguais aos dos adultos, a satisfação provocada por uma refeição à base de leite e biscoitos açucarados, por exemplo, pode se prolongar por muito tempo em uma criança pequena, reduzindo o apetite para a próxima refeição.

Muitas escolas têm formulado suas cantinas com o objetivo de melhorar os hábitos alimentares dos alunos. As crianças precisam voltar para casa como se tivessem sido alimentadas pelas suas próprias mães. Isso porque, ultimamente, muitas famílias não conseguem desempenhar esse papel por vários motivos, e a escola precisa oferecer educação e alimentação balanceada.

Apesar da maioria das escolas fornecerem lanches ou possuir cantina, existem muitas crianças, principalmente as pequenas, da educação infantil e das primeiras séries do ensino fundamental, que preferem trazer alimentos fornecidos pela família. Por isso, cabe também aos profissionais de alimentação orientar os pais ou responsáveis que têm dificuldade em programar o que vão colocar na lancheira todos os dias. Fazer isso de maneira não repetitiva e com caráter educativo é uma tarefa difícil. Deve-se levar em consideração, no momento de preparar a lancheira, o valor nutricional dos alimentos, criatividade e respeito às preferências das crianças. A merenda deve ser composta por um alimento energético/protéico, uma sobremesa e uma bebida, respeitando os princípios da proporcionalidade, moderação e variedade.

Uma das grandes dificuldades é implementar o consumo de frutas entre as crianças e criar um hábito saudável entre elas. A criança precisa adaptar-se a comê-las, antes que seu paladar seja totalmente envolvido pelo forte apelo saboroso das gorduras e das frituras.

O Lanche Saudável

Faz parte do comportamento humano ter cuidados adicionais com a alimentação das crianças. Instintivamente, as mães sabem que, para o bem de seus filhos é importante alimentá-los da melhor maneira possível. É consenso que a ingestão adequada de nutrientes nos primeiros anos de vida é essencial para a obtenção de um desenvolvimento e crescimento saudáveis. Uma alimentação de boa qualidade é resultado do equilíbrio de todos os nutrientes, em quantidade, proporção e variedade adequadas.

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